Como é interessante a vida (espiritual ou corpórea) quanto
mais se sabe mais conhecimento é adquirido em coisas tão pequenas, que na
condição de ignorante passaria desapercebido!
Os senhores falaram em esquecimento do passado, como uma
dádiva, pois afirmo que, certamente, Deus é sabedor de tudo! Nesse meu último
regresso a pátria espiritual confesso cheguei bastante atordoado e, se aquilo
era o umbral, era um lugar bastante parecido com minha última encarnação,
portanto, ou vivia mal ou o umbral não era tão feio como se pinta!
Lá, atordoado, pedi muita ajuda a minha mãe e avó, pois foram
elas as grandes responsáveis por ter sido homem direito. A interseção demorou
um pouco, pelo menos foi minha impressão. Nesse tempo passaram por mim
Espíritos que certamente, em vida corpórea, tivemos algum desafeto, pois apesar
de não os reconhecer, a energia e a animosidade eram perceptíveis a longa
distância.
Depois
de “socorrido”, se posso assim me referir, muito tempo se passou até que pude
ter lembranças e como vocês mesmos afirmaram, foram como “flashes” – apenas
breves passagens e, para meu desespero, lá estavam aqueles que encontrara no
umbral.
Isso evidência que,
como disse Jesus, antes de vir a mim ou ao Pai, perdoe seus desafetos, afinal,
no além túmulo a “luta” é ainda mais acirrada – é como se não pudesse esconder
nada – como se estivesse completamente despido.
E, voltando às questões do aprendizado, hoje estão tão clara
quais são as questões que necessitam de burilamento, de aperfeiçoamento.
Os pecados capitais – essas questões morais são as grandes
responsáveis pela nossa evolução e entendimento – apesar da dificuldade de
quando se está encarnado, é facilmente perceptível o que precisa se mudar – no
meu caso orgulho e tolerância.
Portanto, espero regressar ao corpo físico, em mais uma
existência de aprendizado e, agora, com ênfase nesses pontos, pois com o
aprimoramento espiritual somado a esperança de saldar boa parte dos meus débitos.
Ângelo Augusto Fernandes
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