Eu quero dizer que não espero
nada desta vida ou morte, sei lá como dizer, mas livre de mim estão meus
filhos, ninguém chora por mim, ninguém sentiu realmente minha morte, mas digo
que por onde passei o mal plantei, sim fui infeliz e infeliz continuo aqui do
que me serviu tanta riqueza se meu coração estava endurecido, só me foi útil para
a pratica do mal e vocês pensam que me arrependo do que fiz, jamais, faria tudo
novamente e viveria eternamente neste inferno que hoje me encontro, sei que nem
sempre fui mal, mas os caminhos ao mal
me levaram, sei que temos o livre arbítrio e que fiz o que fiz por minha livre escolha, não quero
justificar meus erros, mas o que esperar
de uma criança que sempre teve tudo (materialmente) mas nunca soube o que era
amar, porque a quem deveria devotar no inicio de minha jornada, me evitava,
cedo fui obrigado a me casar, não a amava , dadas as circunstâncias que se deu
meu casamento, sim ele foi imposto por meu pai para unir-se a família de minha
esposa e multiplicar seus bens e mais uma vez
me vi largado de lado, já que minha esposa também não me amava, foi uma
vida a dois de fachada como ditava os bons costumes da época.
Sei que nada disso justifica as
proezas que cometi, mas foram só os sentimentos que conheci, desprezo, ódio,
ociosidade, materialismo, ambição e nunca o perdão.
É esta é minha triste historia,
se vou mudar, não sei, vago por esses vales, a buscar algo que não encontro, na
verdade nem eu sei o que procuro, me sinto perdido entre vales e montanhas e
vivo um dia de cada vez, sem me preocupar com o amanha.
Deixo aqui um desabafo desta alma
triste e perdida, para onde irá, não sei, só sei que hoje enfim...
Descansar conseguirei.
Adalberto Pereira de Castro
CENTRO ESPIRITA CHICO
XAVIER – GUARULHOS – 22/05/2017
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