segunda-feira, 2 de abril de 2018

Psicografia


Eu quero dizer que não espero nada desta vida ou morte, sei lá como dizer, mas livre de mim estão meus filhos, ninguém chora por mim, ninguém sentiu realmente minha morte, mas digo que por onde passei o mal plantei, sim fui infeliz e infeliz continuo aqui do que me serviu tanta riqueza se meu coração estava endurecido, só me foi útil para a pratica do mal e vocês pensam que me arrependo do que fiz, jamais, faria tudo novamente e viveria eternamente neste inferno que hoje me encontro, sei que nem sempre fui mal, mas os caminhos ao mal  me levaram, sei que temos o livre arbítrio e que fiz o que  fiz por minha livre escolha, não quero justificar meus erros, mas  o que esperar de uma criança que sempre teve tudo (materialmente) mas nunca soube o que era amar, porque a quem deveria devotar no inicio de minha jornada, me evitava, cedo fui obrigado a me casar, não a amava , dadas as circunstâncias que se deu meu casamento, sim ele foi imposto por meu pai para unir-se a família de minha esposa e multiplicar seus bens e mais uma vez  me vi largado de lado, já que minha esposa também não me amava, foi uma vida a dois de fachada como ditava os bons costumes da época.
Sei que nada disso justifica as proezas que cometi, mas foram só os sentimentos que conheci, desprezo, ódio, ociosidade, materialismo, ambição e nunca o perdão.
É esta é minha triste historia, se vou mudar, não sei, vago por esses vales, a buscar algo que não encontro, na verdade nem eu sei o que procuro, me sinto perdido entre vales e montanhas e vivo um dia de cada vez, sem me preocupar com o amanha.
Deixo aqui um desabafo desta alma triste e perdida, para onde irá, não sei, só sei que hoje enfim...
Descansar conseguirei.

Adalberto Pereira de Castro





CENTRO ESPIRITA CHICO XAVIER – GUARULHOS – 22/05/2017

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